Em outubro do ano passado, como desdobramento de um texto jurídico postado em um site especializado, recebi um convite do UOL para escrever um artigo sobre o Referendo de 2005 e o desarmamento. Foi uma surpresa, em razão da histórica postura editorial do portal sobre esse tema, e também, acima de tudo, uma grande satisfação. Afinal, todos que produzem conteúdo de opinião almejam ver seus textos veiculados na grande mídia - e o UOL é o maior portal nacional de conteúdo.
A repercussão do texto foi bastante positiva, alcançando - em números atualizados até hoje - 13,8 mil compartilhamentos diretos no Facebook¹, marca muito superior à média dos textos de opinião veiculados no mesmo espaço.
Agora em janeiro, o UOL voltou a franquear o portal para mais um texto assinado. Um artigo contundente, que defende expressamente o direito à posse de armas pelo cidadão, como forma de frear a ação de criminosos. O texto teve, no final de semana em que publicado, mais interações ainda do que o seu antecessor, já ultrapassando a marca de 20 mil compartilhamentos3.
Seria hipocrisia dizer que esses resultados não gratificam enormemente a mim, como fariam a qualquer articulista. Lá em 2011, quando publiquei meu primeiro texto em um veículo de imprensa de maior relevância - curiosamente, um direito de resposta concedido pela Carta Capital -, era impensável que, menos de 5 anos depois, a contestação ao desarmamento estivesse no UOL e na Folha.
Isso, contudo, não significa, sequer de longe, que o jogo em mídia já tenha virado. Embora tenhamos hoje muito mais espaço do que há alguns anos, a contaminação ideológica nas redações dos grandes veículos ainda é fortíssima. E ela gera pautas desarmamentistas.
Por isso, é imprescindível que não nos desmobilizemos. Ao contrário, é hora de fortalecer a articulação, produzir mais e mais textos - como, felizmente, cada vez mais gente boa vem fazendo - e, principalmente, apoiar cada publicação que um desses veículos grandes disponibilizar. Os resultados, como os acima citados, são determinantes para novas veiculações (visualizações e interações correspondem a retorno publicitário para anunciantes), e eles só são possíveis graças a quem lê, avalia e compartilha.
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¹ Na plataforma do UOL, os compartilhamentos de um texto no Facebook são o principal indicador público da repercussão do material.
² O número de interações com material da Folha de S. Paulo é tradicionalmente bem menor do que em diversos outros canais, por não se cuidar de conteúdo aberto, exigindo, ao contrário, a condição de assinante do jornal ou um cadastro que confere direito a um determinado número de matérias acessadas.
³ O texto já conta com 21,7 mil compartilhamentos
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Para conferir a repercussão de artigos e outras atividades, acesse a
seção "Imprensa" do portal do CEPEDES.
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